A ética pessoal e individual
Será possível desenvolver a ética dentro de uma sociedade onde todos estão à procura de uma vida boa, não para os outros, mas para a sua família?
A realidade actual diz-nos que nós não trabalhamos uns com os outros para outros, mas sim trabalhamos com outros para nós próprios. Numa empresa existe sempre alguma competição, onde cada um quer brilhar à sua maneira…
Assim sendo, como pode existir uma ética profissional colectiva, quando na verdade existe uma ética pessoal e individual com vista ao benefício próprio?
Considero que hoje em dia, devido à sociedade competitiva na qual estamos inseridos, acabamos todos por praticar uma ética pessoal/individual, o que não é negativo, se a “ética de cada um “não prejudicar o outro”, se todos, mantivermos este mesmo princípio/valor, poderíamos devolver à ética a sua dignidade, tal como é defendida na sua essência. Mas todos sabemos que a ética plena é uma utopia, porque existirá sempre uma ovelha fora do rebanho!
Mas se queremos ser “realmente” felizes, deveríamos sempre nos reger pelos valores da verdadeira ética (o respeito de determinados valores…), porque penso que ninguém consegue realmente ser feliz com a desgraça do outro, que nos prejudicamos num dado momento, devido à nossa falta de ética. Mesmo que essa pessoa finja que não se importa com o outro, precisamente “está a fingir”, podemos fingir até um dia…o dia em que nos cai a máscara!
Por isso se queremos dormir “o sono dos justos”, é melhor enveredar por caminhos éticos!
Aproveito também para dar os meus sinceros parabéns a um colega que hoje me deu formação sobre ética e me fez reflectir bastante sobre este tema esquecido pela sociedade em geral… que aliás deu origem a esta minha reflexão.
Deveria ser obrigatório todas as empresas terem formação sobre ética e deontologia profissional! Aliás não só na área profissional, em todas as áreas, de certeza que assim teríamos um mundo bem melhor, porque muitos “desaprenderam” o que é a ética, justificando-se que vivemos numa selva e que cada um salva-se como puder…! Pois o meio não justifica o fim!